Saiba as formas de venda do Arla 32 e como as fraudes são detectadas

A venda a granel do Arla 32 vale mais a pena e garante que, na comparação com os mercados europeu e norte-americano, a substância brasileira é mais barata. Essa é a avaliação do diretor-adjunto da Afeevas (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Elcio Farah.

Segundo ele, O Arla 32 pode ser vendido em bombonas de 20 litros para você transportar durante a viagem. Esse é o segundo tipo de distribuição mais vendido depois do sistema a granel, mas não é a forma mais econômica porque você paga a embalagem, que custa quase o mesmo valor que o produto.

“Há também os tambores de 200 litros, que estão em desuso, e uma terceira opção, que são os contêineres plásticos IBC (Recipiente Intermediário para Granel, da sigla em inglês ) de 1.000 litros. Essa forma é interessante para o frotista se ele não quiser investir em um tanque específico, pois será bem atendido. Nos sistemas lacrados, você tem o selo do Inmetro.”

No sistema a granel, Farah explica, um caminhão-tanque abastece outros tanques, e existem frotistas que abastecem assim o contêiner de 1.000 litros. “Isso é proibido para uso comercial”, diz.

Segundo o diretor-adjunto da Afeeveas, para a comercialização, o produto tem de ser certificado e, no caso da venda a granel, o posto vai receber uma nota fiscal da procedência do produto e uma garantia de que o produto é certificado. Cada fabricante tem o produto certificado nas várias formas.

“Para a distribuição em posto, você só pode usar a granel em tanques maiores que 3.000 litros. Existe posto que não faz isso, que compra o Arla em IBCs de 1.000 litros e coloca uma torneira – isso é proibido, e a Afeevas faz denúncias regularmente, mas sempre existem burlas.”

Como armazenar o ARLA 32

Antes de ser inserido no tanque específico do veículo, o ARLA 32 deve ser guardado em um local bem ventilado, protegido da incidência direta da luz solar, sem temperaturas extremas (muito altas ou muito baixas). Pode ser armazenado por até 12 meses, quando mantido em temperatura inferior a 30ºC; e por até 6 meses, quando mantido em temperatura entre 30ºC e 35ºC.

O Sistema de Diagnose de Bordo

Os veículos que utilizam o SCR possuem um sistema eletrônico de controle de emissões. Esse sistema conta com uma ferramenta chamada OBD, que, em português, significa diagnose de bordo. O OBD verifica os níveis de emissão de poluentes e, quando esses aumentam, identifica a ausência do ARLA 32. Nessas situações, um aviso luminoso de falha é sinalizado no painel, e o sistema reduz gradualmente a potência do veículo. Se o problema não for resolvido após 48 horas, a potência do veículo atinge o nível mínimo, suficiente somente para levar o veículo a um posto autorizado. Após o abastecimento com ARLA 32 adequado, o desempenho do veículo retorna ao normal.

Fraudes no produto comercializado

Nesses casos, é utilizado um produto fora das especificações, podendo estar diluído e/ou conter substâncias inadequadas, como ureia agrícola e água não desmineralizada, por exemplo, proveniente da torneira. Esse produto irregular estraga o motor, causando grandes prejuízos. O consumidor deve ser cuidadoso durante a compra, recusando produtos de fabricação caseira/clandestina, sem a fiscalização do Inmetro.

Fraudes no veículo

Nesses casos, há intervenções no veículo para comprometer o monitoramento das emissões de NOx e a detecção de ARLA 32 pelo sistema de diagnose de bordo (OBD).

Cartilhas do Programa Despoluir

Os recém-lançados guias rápidos do Programa Despoluir trazem dicas que orientam o setor sobre medidas para tornar a operação e a gestão do transporte de cargas e de passageiros mais eficientes e sustentáveis. Quando adotadas, as estratégias melhoram a performance ambiental e trazem benefícios ambientais e econômicos, como menos consumo de combustível e menor desgaste das peças e dos veículos. Os guias são voltados para transportadores, condutores, gestores de frota e trabalhadores da área de manutenção e garagens. Na próxima edição da revista CNT Transporte Atual, conheceremos melhor duas dessas publicações: “Óleos Lubrificantes Automotivos – Uso e Destinação Adequada” e “Baterias Automotivas – Boas Práticas no Uso e na Destinação”.

Além do lançamento da cartilha, o SEST SENAT combate a falta de conhecimento sobre o Arla 32 em seus cursos presenciais e a distância.

Fonte: Sest Senat – 08/05/2019