RS: maioria dos trechos avaliados está regular, ruim ou péssima

A 21ª Pesquisa CNT de Rodovias revela que 62,2% (5.489 km) da extensão avaliada apresenta algum tipo de deficiência no estado geral (classificação regular, ruim ou péssimo); 37,8% (3.329 km) tiveram classificação ótimo ou bom. O estado geral inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 8.818 km no Estado. Em todo o Brasil, foram 105.814 km analisados.

No Rio Grande do Sul, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 27,1% no transporte rodoviário. Na avaliação da CNT, apenas para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias, com a implementação de sinalização adequada, estima-se que são necessários R$ 4 bilhões. Já para a manutenção dos trechos classificados como desgastados, o custo estimado é de R$ 1,34 bilhão.

DETALHAMENTO DAS CONDIÇÕES

Pavimento

A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 46,4% da extensão avaliada no Rio Grande do Sul, enquanto que 53,6% foram considerados ótimos ou bons: 49,3% da extensão pesquisada apresenta a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização

O estudo apontou que há problemas de sinalização em 58,3% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 41,7%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 26,3% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria da via

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 77,8% da extensão pesquisada não tem condições satisfatórias de geometria; 22,2% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado tem 92,9% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

Pontos críticos

A pesquisa identificou, ainda, 18 trechos com buracos grandes, seis com erosões na pista e dois com quedas de barreira. São situações que colocam em risco o condutor e os passageiros que trafegam pelas rodovias dessa Unidade da Federação.

Investimentos em 13 anos

É possível perceber aumento de recursos destinados a todos os tipos de intervenção entre 2004 e 2016, com destaque para os aportes em adequação, que superaram a manutenção entre 2011 e 2015. As ações de adequação e construção concentraram-se nas seguintes rodovias: BR-101/116/392/448. Já as de manutenção foram desenvolvidas em toda a malha. Para isso, o Estado recebeu o segundo maior investimento do governo federal entre 2004 e 2016: R$ 10,12 bilhões.

Em 2016, o valor alocado por quilômetro foi de R$ 194,30 mil, ou seja, 21,7% superior à média nacional. Contudo, em 2017 houve uma piora na qualidade do pavimento das rodovias federais no Estado, fazendo com que o aumento do custo operacional, que era de 23,1% em 2004, aumentasse para 27,1% em 2017.

Acidentes

Os acidentes geraram prejuízo estimado de R$ 709,63 milhões em 2016.

Fonte: Agência CNT de Notícias