A força que se renova

Ao longo de 25 anos de existência, o SEST SENAT vem cumprindo com excelência uma de suas principais missões: capacitar o trabalhador do transporte.

Com simplicidade, Delviro Teixeira Rocha, 39 anos, conta por que frequenta a unidade do SEST SENAT em sua cidade, São Mateus (ES): “A gente é profissional, sabe dirigir, mas, cada dia que passa, as coisas mudam e a gente precisa aprender cada vez mais”. O motorista da Viação São Gabriel já fez os cursos de transporte coletivo, transporte escolar, direção defensiva e o popular Mopp (Movimentação operacional de produtos perigosos). Ainda fará outros, garante.

Ele entendeu que não dá para ficar parado. E que trabalhar feliz é um antídoto para o estresse. Conhecido na região como Del, o motorista cantor, ele “solta a voz nas estradas”. “Sempre tive essa mania de cantar. Melhora o meu dia de trabalho e o atendimento às pessoas. Procuro estar sempre de bom humor para facilitar a viagem. O passageiro pede a canção e, estando na programação, a gente coloca no ar”, brinca.

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Del talvez não saiba, mas está sintonizado com o que há de mais moderno na gestão de recursos humanos. Atualmente, a capacitação é entendida como processo continuado, que avança de acordo com as demandas do mercado. Além do incentivo à qualificação técnica, as empresas quebram a cabeça para aperfeiçoar o atendimento ao público e para melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores.

No transporte brasileiro, não resta dúvida do papel exercido pelo SEST SENAT para elevar a empregabilidade e as competências da mão de obra. “Ao longo desses 25 anos, o SEST SENAT foi capaz de se adaptar e até de antecipar muitas das mudanças provocadas pelo rápido avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas. Hoje, os motoristas, por exemplo, fazem treinamentos em simuladores de direção. Nas salas de aula, os alunos encontram tecnologia de ponta, como lousas digitais”, resume Clésio Andrade, presidente da CNT e dos Conselhos Nacionais do SEST SENAT.

Atualmente, o portfólio oferece 465 cursos presenciais e 208 a distância. Eles contemplam áreas de interesse muito diversas, que vão da prestação de serviço à gestão empresarial, passando pela manutenção de máquinas e mecânica. No conjunto, fazem uma diferença enorme para a evolução do setor.

Melhor a cada dia

“O SEST SENAT desenvolve um grande trabalho”, reconhece Fernando Eloia Sales, diretor de recursos humanos da Viação Pioneira (DF). Ele conta que a empresa aproveita bastante a gama de cursos oferecida, mas destaca os treinamentos com o simulador de direção. “O equipamento traz vivências. Num simples manejo, os profissionais percebem o que pode acontecer lá fora. A máquina simula a realidade com a vantagem de que não há acidentes. Conseguimos ainda reduzir o consumo de combustível”, elogia.

Os simuladores começaram a ser adotados em 2016. Inicialmente, eram 60 exemplares. Hoje 105 unidades usam o equipamento, que se mostrou fundamental para o sucesso do projeto Escola de Motoristas Profissionais e do Programa de Aperfeiçoamento de Eficiência Energética. Estima-se que mais de 50 mil indivíduos passarão pelo treinamento até 2020. Em simulações com transporte de passageiros e cargas perigosas, a máquina ajudou a reduzir em 29% a incidência de erros ao volante e em 9% o consumo de combustível.

O motorista Eudes Barbosa, 42 anos, conhece bem as vantagens de se capacitar na estrutura do SEST SENAT. Ele trabalha como instrutor para o grupo empresarial Transmoc (transporte coletivo) e Solaris (fretamento rodoviário), de Montes Claros, e, constantemente, agenda treinamentos na unidade mais próxima. “O curso de direção defensiva, por exemplo, fiz duas vezes: o teórico e, no ano passado, o com simulador”, recorda.

Eudes diz que percebeu uma mudança importante na equipe desde que começaram as reciclagens no SEST SENAT. “Às vezes, os profissionais estão acomodados. Mas, quando a pessoa vai e faz um curso, volta com outra mentalidade e passa a incentivar os colegas”, aponta. Segundo ele, o treinamento de condução econômica foi um desses que deu um “gás” entre os funcionários.

Fonte: Sest Senat – 28/11/2018