Conet&Intersindical reúne empresários e executivos do TRC no Rio de Janeiro

Empresários e executivos do transporte rodoviário de cargas do país estiveram debatendo questões ligadas ao setor nos dias 3 e 4 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ), durante o  Conet (Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado) e Intersindical promovido pela NTC&Logística e Federação do Rio de Janeiro (Fetranscarga).

O presidente da FETCESP, Flávio Benatti, observou que todos os temas da programação foram importantes. “A apresentação da pesquisa da NTC&Logistica sobre o mercado no setor apontou uma defasagem do frete de 20,89% na carga lotação e 7,72 na fracionada. Ficando o alerta para que as empresas fiquem atentas ao aumento de seus custos”.

Outro tema que Benatti destacou foi o cenário no Rio de Janeiro. “Conhecemos com mais detalhes  as ações de combate ao roubo de cargas no Rio de Janeiro nas palestras de várias autoridades”,  disse Benatti.

Presidentes, diretores e executivos dos sindicatos de São Paulo estiveram no evento que tratou também da reforma trabalhista; reforma tributária; projeto de documentos eletrônicos (MDF-e); cronograma de tagueamento (TAG) dos veículos automotores e o projeto de lei que trata do marco regulatório.

Flávio Benatti, presidente da FETCESP, e Carlos Panzan, vice-presidente da FETCESP, com presidentes e diretores de sindicatos na  Intersindical no Rio de Janeiro 

Defasagem do frete

O assessor técnico da NTC&Logística, Lauro Valdívia apresentou a pesquisa de mercado, realizada em parceria com a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT). A pesquisa envolveu 2.290 empresas de transporte rodoviário de cargas em todo o Brasil e aponta o cenário no primeiro semestre de 2017. “Houve uma leve melhora, mas a situação ainda é muito preocupante”, afirma Lauro.

Segundo a pesquisa a defasagem dos fretes é de 20,89% nos fretes de carga lotação e 7,72% para carga fracionada. Das empresas entrevistadas 70,5%  tiveram queda no faturamento e 91% diminuíram de tamanho. “Esses números são consequências da crise, que diminuiu em grande escala o volume de carga transportada. Com isso, as empresas tiveram que se adequar e reduzir de tamanho”, explica Lauro. Com a crise, toda a cadeia produtiva foi afetada e o pagamento do frete ficou prejudicado. 54,7% das transportadoras estão com fretes a receber em atraso, o que representa 14,3% do faturamento. Em média, as empresas demoram 26,7 dias para receber o pagamento. Como consequência disso, 38,7% delas estão com parte da frota parada e 33% sofrem com alguma ação trabalhista.

“Os dois últimos anos foram os piores já vividos pelo transporte rodoviário de cargas. Mas acreditamos na retomada da economia e, consequentemente, no crescimento do setor”, afirma o presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandez. “A expectativa é que o PIB seja positivo, trazendo uma maior confiança a todos”.

Diante do cenário de violência que se instaurou, principalmente na região metropolitana do Rio de Janeiro, criou-se em fevereiro de 2017 (Conet em Rio Quente – GO) a Taxa de Emergência Excepcional (Emex),  cobrado para regiões que se encontram em estado de beligerância. A sua cobrança se justifica pelo alto custo suportado pelas empresas transportadoras para manter suas operações nestas condições, como por exemplo: seguradoras estão mais restritivas e exigentes na subscrição de risco; dificuldade de recuperação da carga pois as mesmas são desviadas para comunidades em que a autoridade policial “não tem condições de acesso”; aumento da franquia; utilização de escoltas urbanas; reforço no gerenciamento de risco; e restrições a utilização de determinadas rotas. O valor dessa taxa é de R$ 10,00 por fração de 100 kg mais um percentual do valor da carga que varia de 0,3% a 1,0%.

Com informações NTC&Logistica

Fonte: Imprensa FETCESP –  Fotos: Realce 

 

Abertura do Conet& Intersindical no Rio de Janeiro (RJ)
Lideranças, empresários e executivos de São Paulo