Arla 32: Vale a pena fazer a coisa certa

A qualidade do ar que respiramos é um bem inestimável. O Estado brasileiro já despertou para o tema e vem tentando se adequar aos padrões internacionais de emissão de poluentes. Esse compromisso foi reafirmado em 2012, quando a indústria automobilística atualizou suas plantas para colocar no mercado caminhões e ônibus que emitissem até 90% menos de NOx (óxido de nitrogênio). O NOx é um dos principais causadores da chuva ácida, fenômeno que desgasta o concreto das construções, prejudica a vegetação, empobrece o solo e mata organismos aquáticos.

A renovação atendeu às exigências da fase P7 do Proconve, o programa de controle de poluição mantido pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Os parâmetros passaram a ser os mesmos que vigoram na União Europeia desde 2009. Na época, foram introduzidas duas tecnologias para reduzir o NOx: o sistema EGR e o SCR. O primeiro apresenta boa performance no trânsito da cidade, enquanto o segundo é vocacionado para veículos pesados movidos a diesel, que transportam carga e trafegam em rodovias.

É aí que entra o Arla 32. O Agente Redutor Líquido Automotivo é imprescindível para o funcionamento do SCR. Trata-se de uma substância química incolor, não tóxica e não inflamável – portanto, segura para manuseio e transporte. O número 32 diz respeito à concentração de ureia (32,5%) em água desmineralizada (sem sais minerais). O Arla é injetado no sistema de exaustão do veículo e, em contato com um catalisador, converte o NOx em vapor de água e nitrogênio, ambos inofensivos ao meio ambiente.

Embora o princípio de funcionamento seja simples, o Arla 32 gera, até hoje, muitas dúvidas para o motorista profissional, principalmente, entre os autônomos. Para desmistificar o assunto e encerrar de vez os questionamentos, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e o SEST SENAT prepararam a cartilha Arla 32 – Uso Correto, que pode ser baixada gratuitamente no site da entidade. O livreto faz parte de uma coleção, com outros quatro títulos, todos do Programa Despoluir.

“São cartilhas para se ter no porta-luvas”, explica Bruno Batista, diretor-executivo da CNT. “Elas foram feitas com o objetivo de entrar no cotidiano do transportador, de modo a melhorar a performance ambiental desse profissional. Com isso, há ganhos socioeconômicos, além da garantia de se estar em conformidade com a legislação ambiental”, enfatiza. Vale ressaltar que o primeiro beneficiado pela adoção de boas práticas é o próprio motorista, que lida diariamente com a ferramenta de trabalho.

Conheça os sistemas de redução do NOx

– Recirculação de Gases de Escape – EGR

Essa alternativa utiliza um filtro de partículas que reduz a quantidade de emissão de materiais particulados e de outros gases, como o NOx (óxido de nitrogênio).

– Redução Catalítica Seletiva – SCR

É uma solução tecnólogica de pós-combustão aplicada em motores de ciclo diesel. Nessa tecnologia, é necessária a utilização do ARLA32 para redução de emissões e de material particulado. Fonte: Cartilha Arla 32 – Uso Correto

Cartilhas do Programa Despoluir

Os recém-lançados guias rápidos do Programa Despoluir  trazem dicas que orientam o setor sobre medidas para tornar a operação e a gestão do transporte de cargas e de passageiros mais eficientes e sustentáveis. Quando adotadas, as estratégias melhoram a performance ambiental e trazem benefícios ambientais e econômicos, como menos consumo de combustível e menor desgaste das peças e dos veículos. Os guias são voltados para transportadores, condutores, gestores de frota e trabalhadores da área de manutenção e garagens. Na próxima edição da revista CNT Transporte Atual, conheceremos melhor duas dessas publicações: “Óleos Lubrificantes Automotivos – Uso e Destinação Adequada” e “Baterias Automotivas – Boas Práticas no Uso e na Destinação”.

Fonte: Sest Senat